IGNARA
#Guerra Colonial
Direção de Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis
Projeto apresentado entre 2007 e 2009
#Guerra Colonial
Direção de Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis
Projeto apresentado entre 2007 e 2009
[SOBRE O PROJETO]
O projeto teatral IGNARA#GUERRA COLONIAL apresenta-se como uma trilogia. Constitui-se, formalmente, como um fórum de encontro de diversos parceiros, comprometidos com a pesquisa, análise, discussão, criação e apresentação de conteúdos artísticos afins ao tema aduzido. Colhendo de Piscator, Brecht ou Kaufman, alguns dos princípios que enformaram o chamado teatro-documento (ideologias político-partidárias à parte), pretende, o teatromosca, com "IGNARA....", relançar, na opinião pública, o debate em torno deste tema seminal que tão pouca atenção vem merecendo da comunidade artística nacional.
Pode consultar o blog desenvolvido durante o projeto através deste link.
Pode consultar o blog desenvolvido durante o projeto através deste link.
[FASES DO PROJETO]
PONTO DE PARTIDA...
A Guerra Colonial portuguesa é, hoje, 34 anos depois da Revolução de Abril que lhe pôs termo, um tema enguiçado.
Historiadores, sociólogos, ensaístas, professores universitários, jornalistas, ex-combatentes, filhos de ex-combatentes são unânimes em considerar que, por diversos factores- entre os quais a paupérrima edição de estudos de história colonial portuguesa, a insipiência dos programas curriculares escolares, ou a simples ausência de mediatização do tema (salvo raríssimas excepções)-, a memória colectiva desse conflito dissolveu-se, depois de Abril, nas brumas de um esquecimento inadmissível.
Dissipar esse nevoeiro, que vem impedindo os portugueses de se conhecerem a si próprios (a sua história familiar, a do seu País) e aos africanos (que, definitivamente, precisamos «estranhar menos»), eis o fito de IGNARA#GUERRA COLONIAL.
Através de um «teatro documental» (não exclusivamente subsidiário, mas que procura filiação nos laboratórios de Erwin Piscator- e o «Teatro Político»-, Bertolt Brech- e o «Verfremdungseffekt»-, ou, mais recentemente, de Moisés Kaufman- e sua teoria da «cópula entre forma e conteúdo»), o teatromosca (cujos elementos constituintes são, justamente, filhos de ex-combatentes) procura, colocando-se numa posição absolutamente apartidária (não apolítica, todavia), apresentar este delicado e controverso «trabalho de casa».
Acompanha e enforma este projecto aquilo a que designamos como FÓRUM IGNARA#GUERRA COLONIAL, que compreende o encontro de diversos parceiros/indivíduos, comprometidos com a pesquisa, análise, discussão, criação e apresentação de conteúdos artísticos afins ao tema aduzido (com edição de resultados on-line, já a funcionar no endereço electrónico http://projectoignara.blogspot.com/).
Se houvesse que estabelecer aquilo a que genericamente se designa «público alvo» com relação às diversas apresentações de IGNARA#GUERRA COLONIAL, seria fácil fazê-lo: todos os portugueses- e serão quase todos- que, ainda hoje, possuem uma ligação vívida e ignara com a guerra colonial.
teatromosca
A Guerra Colonial portuguesa é, hoje, 34 anos depois da Revolução de Abril que lhe pôs termo, um tema enguiçado.
Historiadores, sociólogos, ensaístas, professores universitários, jornalistas, ex-combatentes, filhos de ex-combatentes são unânimes em considerar que, por diversos factores- entre os quais a paupérrima edição de estudos de história colonial portuguesa, a insipiência dos programas curriculares escolares, ou a simples ausência de mediatização do tema (salvo raríssimas excepções)-, a memória colectiva desse conflito dissolveu-se, depois de Abril, nas brumas de um esquecimento inadmissível.
Dissipar esse nevoeiro, que vem impedindo os portugueses de se conhecerem a si próprios (a sua história familiar, a do seu País) e aos africanos (que, definitivamente, precisamos «estranhar menos»), eis o fito de IGNARA#GUERRA COLONIAL.
Através de um «teatro documental» (não exclusivamente subsidiário, mas que procura filiação nos laboratórios de Erwin Piscator- e o «Teatro Político»-, Bertolt Brech- e o «Verfremdungseffekt»-, ou, mais recentemente, de Moisés Kaufman- e sua teoria da «cópula entre forma e conteúdo»), o teatromosca (cujos elementos constituintes são, justamente, filhos de ex-combatentes) procura, colocando-se numa posição absolutamente apartidária (não apolítica, todavia), apresentar este delicado e controverso «trabalho de casa».
Acompanha e enforma este projecto aquilo a que designamos como FÓRUM IGNARA#GUERRA COLONIAL, que compreende o encontro de diversos parceiros/indivíduos, comprometidos com a pesquisa, análise, discussão, criação e apresentação de conteúdos artísticos afins ao tema aduzido (com edição de resultados on-line, já a funcionar no endereço electrónico http://projectoignara.blogspot.com/).
Se houvesse que estabelecer aquilo a que genericamente se designa «público alvo» com relação às diversas apresentações de IGNARA#GUERRA COLONIAL, seria fácil fazê-lo: todos os portugueses- e serão quase todos- que, ainda hoje, possuem uma ligação vívida e ignara com a guerra colonial.
teatromosca
1ª Apresentação do Processo Teatral para IGNARA#GUERRA COLONIAL
#FAZER O TRABALHO DE CASA
A primeira apresentação pública de "IGNARA...." respiga material procedente de compêndios de história, documentos, ensaios, textos literários, notícias, entrevistas, acervos fotográficos, compondo uma espécie de antologia (necessariamente subjectiva) daquilo que consideramos "temas básicos e incontornáveis" sobre a Guerra Colonial, vista numa perpectiva de pós-memória, ou seja, o que, para nós, hoje, deve ser falado quando falamos de Guerra Colonial. A "desmemória", o (in)voluntária silêncio dos ex-combatentes, os mediáticos massacres de Wiriyamu (Moçambique) e de 15 de Março de 61 (Norte de Angola) e a visão e envolvimento das mulheres no conflito serão alguns dos temas em apreço.
FICHA ARTISTÍCA E TÉCNICA
Direção de interpretação e dramaturgia Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis | Grafismo Alex Gozblau | Produção executiva Pedro Alves | Produção teatromosca
APRESENTAÇÕES
13 de Abril - Núcleo de Sintra da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas
21 de Abril - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
28 de Abril - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
9 de Maio - Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Sintra - Casa Mantero
A primeira apresentação pública de "IGNARA...." respiga material procedente de compêndios de história, documentos, ensaios, textos literários, notícias, entrevistas, acervos fotográficos, compondo uma espécie de antologia (necessariamente subjectiva) daquilo que consideramos "temas básicos e incontornáveis" sobre a Guerra Colonial, vista numa perpectiva de pós-memória, ou seja, o que, para nós, hoje, deve ser falado quando falamos de Guerra Colonial. A "desmemória", o (in)voluntária silêncio dos ex-combatentes, os mediáticos massacres de Wiriyamu (Moçambique) e de 15 de Março de 61 (Norte de Angola) e a visão e envolvimento das mulheres no conflito serão alguns dos temas em apreço.
FICHA ARTISTÍCA E TÉCNICA
Direção de interpretação e dramaturgia Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis | Grafismo Alex Gozblau | Produção executiva Pedro Alves | Produção teatromosca
APRESENTAÇÕES
13 de Abril - Núcleo de Sintra da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas
21 de Abril - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
28 de Abril - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
9 de Maio - Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Sintra - Casa Mantero
2ª Apresentação do Processo Teatral para IGNARA#GUERRA COLONIAL
#O LADO AFRICANO
Revisitam-se os três países africanos- Angola, Guiné e Moçambique- onde eclodiram os diversos movimentos independentistas que se sublevaram contra o Estado Novo de Salazar e Caetano. Esta segunda apresentação pretende apresentar um retrato mais fiel dos africanos (e suas razões) que o regime fazia passar, muitas vezes (não ingenuamente), por singelos «terroristas». Recorre-se, novamente, à selecção de material de procedências diversas, nomeadamente a alguns títulos ou autores (sob a forma de entrevistas) da também escassa historiografia contemporânea das ex-colónias.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Direcção, interpretação e dramaturgia Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis | Grafismo Alex Gozblau | Produção executiva Pedro Alves | Produção teatromosca | Co-produção Associação Cultural Alagamares | Parcerias Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Núcleo de Sintra da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas | Apoios Câmara Municipal de Sintra, 5àSEC (Rio de Mouro), Sporting Clube de Lourel, Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, Utopia Teatro, Casa de Teatro de Sintra e Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
APRESENTAÇÕES
11 de Dezembro - 22h Bar 2 ao Quadrado, em Sintra
Revisitam-se os três países africanos- Angola, Guiné e Moçambique- onde eclodiram os diversos movimentos independentistas que se sublevaram contra o Estado Novo de Salazar e Caetano. Esta segunda apresentação pretende apresentar um retrato mais fiel dos africanos (e suas razões) que o regime fazia passar, muitas vezes (não ingenuamente), por singelos «terroristas». Recorre-se, novamente, à selecção de material de procedências diversas, nomeadamente a alguns títulos ou autores (sob a forma de entrevistas) da também escassa historiografia contemporânea das ex-colónias.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Direcção, interpretação e dramaturgia Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis | Grafismo Alex Gozblau | Produção executiva Pedro Alves | Produção teatromosca | Co-produção Associação Cultural Alagamares | Parcerias Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Núcleo de Sintra da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas | Apoios Câmara Municipal de Sintra, 5àSEC (Rio de Mouro), Sporting Clube de Lourel, Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, Utopia Teatro, Casa de Teatro de Sintra e Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
APRESENTAÇÕES
11 de Dezembro - 22h Bar 2 ao Quadrado, em Sintra
3ª Apresentação do Processo Teatral para IGNARA#GUERRA COLONIAL
#CONCLUSÃO
Do cruzamento do resultado destas duas apresentações (e discussão – em sede de Fórum de IGNARA#GUERRA COLONIAL- daí decorrente) resultará uma conclusão acerca das razões por que somos ignaros da guerra colonial. Talvez que, mercê dessa socrática assunção, possa surgir o princípio do seu oposto: sermos cidadãos mais esclarecidos de um País reconciliado com o seu passado. Relatos de pós-memória (na perspectiva de filhos de ex-combatentes), reencontro de ex-combatentes de ambos os lados, ou, o fenómeno de edição de textos memoriais sobre a guerra colonial, serão, entre outros, alguns dos temas em apreço.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Direcção, interpretação e dramaturgia Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis | Grafismo Alex Gozblau | Produção executiva Pedro Alves | Produção teatromosca | Co-produção Associação Cultural Alagamares | Parcerias Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Núcleo de Sintra da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas | Apoios Câmara Municipal de Sintra, 5àSEC (Rio de Mouro), Sporting Clube de Lourel, Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, Utopia Teatro, Casa de Teatro de Sintra e Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
APRESENTAÇÕES
18 de Dezembro - 22h Bar 2 ao Quadrado, em Sintra
Do cruzamento do resultado destas duas apresentações (e discussão – em sede de Fórum de IGNARA#GUERRA COLONIAL- daí decorrente) resultará uma conclusão acerca das razões por que somos ignaros da guerra colonial. Talvez que, mercê dessa socrática assunção, possa surgir o princípio do seu oposto: sermos cidadãos mais esclarecidos de um País reconciliado com o seu passado. Relatos de pós-memória (na perspectiva de filhos de ex-combatentes), reencontro de ex-combatentes de ambos os lados, ou, o fenómeno de edição de textos memoriais sobre a guerra colonial, serão, entre outros, alguns dos temas em apreço.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Direcção, interpretação e dramaturgia Filipe Araújo, Susana Gaspar, Paulo Campos dos Reis | Grafismo Alex Gozblau | Produção executiva Pedro Alves | Produção teatromosca | Co-produção Associação Cultural Alagamares | Parcerias Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Núcleo de Sintra da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas | Apoios Câmara Municipal de Sintra, 5àSEC (Rio de Mouro), Sporting Clube de Lourel, Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, Utopia Teatro, Casa de Teatro de Sintra e Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
APRESENTAÇÕES
18 de Dezembro - 22h Bar 2 ao Quadrado, em Sintra