Projeto editorial do teatromosca [Publishing project]
English below
[SOBRE O PROJETO]
Em 2011, o teatromosca iniciou o projeto moscaMORTA, que visa publicar textos originais de novos dramaturgos portugueses, texto de reflexão e de investigação.
Em 2011, editou «Checoslováquia», de Tiago Patrício.
Em 2012, publicou «Domingo», de Alexandre Sarrazola.
Em 2013, foi publicado o primeiro volume de «Retratinhos», com textos de Alexandre Sarrazola, Tiago Patrício e Jorge Palinhos.
Em 2015, foi publicado «MOBY-DICK. Em três horas e quarenta e cinco minutos», a partir de Herman Melville e adaptado por Tiago Patrício em colaboração com Pedro Alves.
(em atualização)
[ENG]
About the project
In 2011, teatromosca started the project moscaMORTA, which aims to publish original plays by new Portuguese playwrights, plays of reflection essays and research projects:
In 2011, it edited “Checoslováquia”, by Tiago Patrício.
In 2012, it published “Domingo”, by Alexandre Sarrazola.
In 2013, the first volume of “Retratinhos” was published, with plays by Alexandre Sarrazola, Tiago Patrício and Jorge Palinhos.
In 2015, it published “MOBY-DICK. Em três horas e quarenta e cinco minutos”, based on Herman Melville and adapted by Tiago Patrício in collaboration with Pedro Alves.
(to be updated)
CHECOSLOVÁQUIA de Tiago Patrício
Para uma leitura de “Checoslováquia” Texto de mortos, de morte, de gelo, mais pele do que carne, de um terrível amor que se destrói rapidamente, que nunca se consuma senão na morte, de um ódio que tudo consome, “Checoslováquia” talvez ensaie a História do século XX europeu, nas camas separadas destes dois jovens assassinos, que erguem barreiras só para as poderem demolir, que matam para não se aborrecerem, que se aborrecem de amar, que matam porque amam… Teófilo é uma máquina, esquizofrénica, que nos atinge com as suas projecções de uma mulher de mármore, e vítimas que são apenas isso – carne que nunca chega mesmo a ser devorada, que é deixada para trás a apodrecer. Porque, na verdade, é apenas de pele que o amor de Teófilo por Pavla se alimenta, apenas da superfície, porque mais fundo se agarra às narinas e se cola aos dentes… mas também as palavras, a imaginação, para enlouquecer, para ser outro, para estar dentro dela, para que o vento embale estes dois corpos que agora já se podem tocar… Acabou!
O teatromosca promoveu uma leitura encenada deste texto, apresentada em setembro de 2011 no Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II.
Menção Honrosa no Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva, edição 2010.