MOBY-DICK
Trilogia Norte-Americana
Encenação de Pedro Alves
Estreou a 19 de dezembro de 2013 na Casa de Teatro de Sintra
Trilogia Norte-Americana
Encenação de Pedro Alves
Estreou a 19 de dezembro de 2013 na Casa de Teatro de Sintra
[SINOPSE]
Narrativa de aventura para alguns, epopeia metafísica para outros, «Moby-Dick», de Herman Melville, pode ser resumida com a história de uma viagem de caça à baleia, um estudo sobre a obsessão e a vingança como estes traços dominantes se tornam a ruína de um homem. Uma obra canónica que marca o início de uma trilogia que o teatromosca dedicará à literatura norte-americana e que prolongará até 2015 com a produção de «O Som e a Fúria», de William Faulkner, e «Meridiano de Sangue», de Cormac McCarthy.
MOBY-DICK
A narrative of adventures for some and a metaphysical epic for others, Melville’s ‘Moby-Dick’ may be summarized as the story of a whaling trip, a study on obsession and revenge and how these dominant human traits become the man’s bane. A fragmented but, at the same time, disorderly and dynamic narrative, it assumes different literary modes: satire, drama, essay, encyclopedia, chronicle, lyrical.
The performance premiered on 19th November 2013 at Casa de Teatro de Sintra (in Sintra, Portugal). Since was presented all over Portugal and in the USA, at the Access Theater (in New York) and at the New Bedford Whaling Museum.
MOBY-DICK
A narrative of adventures for some and a metaphysical epic for others, Melville’s ‘Moby-Dick’ may be summarized as the story of a whaling trip, a study on obsession and revenge and how these dominant human traits become the man’s bane. A fragmented but, at the same time, disorderly and dynamic narrative, it assumes different literary modes: satire, drama, essay, encyclopedia, chronicle, lyrical.
The performance premiered on 19th November 2013 at Casa de Teatro de Sintra (in Sintra, Portugal). Since was presented all over Portugal and in the USA, at the Access Theater (in New York) and at the New Bedford Whaling Museum.
[SOBRE O ESPETÁCULO]
A BALEIA BRANCA
Narrativa de aventuras para alguns, epopeia metafísica para outros, «Moby-Dick», de Herman Melville, pode ser resumida como a história de uma viagem de caça à baleia, um estudo sobre a obsessão e a vingança e como estes traços dominantes se tornam a ruína do homem. Uma narrativa fragmentada, em certo modo, desordenada, dinâmica, entretecendo diferentes modos literários: conto, sátira, drama, ensaio, enciclopédia, crónica, lírica… Numa primeira fase do texto (e aqui serve-nos tão bem a teoria cíclica da História tal como foi desenhada por Vico!), acompanhamos o narrador Ismael nos preparativos para a viagem. É o tempo dos mitos, dos monstros e em que a luz vai rasgando as trevas primordiais. Naquilo que podemos considerar a segunda parte, um tempo dos heróis, a bordo do navio Pequod, Ismael abandona o papel central da narrativa e o foco é deslocado para Ahab e para a sua perseguição à Baleia Branca. E é tão interessante que os heróis desta grande narrativa fundadora dos EUA sejam marinheiros, arpoadores, ferreiros, cozinheiros, loucos tamborileiros, comandados por um influente capitão monomaníaco! Num terceiro momento, Ahab parece medir forças com o segundo oficial do Pequod, o racional e prudente Starbuck. No entanto, no derradeiro andamento do texto, é já inevitável o confronto destruidor com a Baleia Branca, que terminará de forma caótica, com a morte do Capitão Ahab e de toda a tripulação do Pequod, à exceção de Ismael. Terminada a saga marítima fica esboçada uma nova viagem (il ricorso), em que Ismael, num gesto maneirista ao melhor jeito de Shakespeare, é recuperado como narrador.
A Baleia, indefinida, secreta, ilimitada, mistério e vertigem, acaba por constituir a analogia da própria obra literária de Melville – e, talvez, também do nosso próprio espetáculo. Ahab é descrito como uma personagem monomaníaca, figura satânica, guiada por um único objetivo, capaz de vergar tudo e todos pela paixão que lhe arde no peito, a sede de vingança, a vontade de destruir Moby-Dick. Ahab é um ser atuante, narcisista, por oposição a Ismael, face a Moby-Dick (objeto-texto-fantasma). Não pensa, apenas sente, tal como o próprio afirma no início do seu último dia de caça à Baleia. Enquanto Ahab persegue ébrio de paixão, o fantasma do seu próprio espírito, Ismael segue-o, distanciado, permitindo que este (o fantasma-baleia) se revele em toda a sua plenitude. Se para Ahab o mar é a onda que o transporta para o confronto com Moby-Dick, para Ismael o mar representa as ilimitadas ressonâncias/ cogitações de que a Baleia se faz eco. Ismael é um narrador consciente do seu papel e, ao contrário de Ahab, faz uma viagem não contemplativa ou fantasista ao encontro do absoluto (Moby-Dick), para logo o perder, porque nunca o atinge. Ahab, Ismael e até mesmo Starbuck não são homens sozinhos. Dependem das relações que estabelecem uns com os outros. O navio Pequod (outra personagem?), à semelhança do Bellipotent em «Billy Bud» ou o San Dominick em «Benito Cereno», acaba assim por funcionar como pequena «ilha» de homens perturbados, uma imagem microscópica do mundo como «navio [como palco] numa viagem sem regresso».
O espetáculo teve uma primeira versão apresentada a 19 de abril de 2013, no Museu de História Natural e da Ciência, Lisboa.
Espetáculo considerado um dos dez melhores espetáculos de teatro em Portugal no ano de 2013, João Carneiro no Semanário Expresso.
Narrativa de aventuras para alguns, epopeia metafísica para outros, «Moby-Dick», de Herman Melville, pode ser resumida como a história de uma viagem de caça à baleia, um estudo sobre a obsessão e a vingança e como estes traços dominantes se tornam a ruína do homem. Uma narrativa fragmentada, em certo modo, desordenada, dinâmica, entretecendo diferentes modos literários: conto, sátira, drama, ensaio, enciclopédia, crónica, lírica… Numa primeira fase do texto (e aqui serve-nos tão bem a teoria cíclica da História tal como foi desenhada por Vico!), acompanhamos o narrador Ismael nos preparativos para a viagem. É o tempo dos mitos, dos monstros e em que a luz vai rasgando as trevas primordiais. Naquilo que podemos considerar a segunda parte, um tempo dos heróis, a bordo do navio Pequod, Ismael abandona o papel central da narrativa e o foco é deslocado para Ahab e para a sua perseguição à Baleia Branca. E é tão interessante que os heróis desta grande narrativa fundadora dos EUA sejam marinheiros, arpoadores, ferreiros, cozinheiros, loucos tamborileiros, comandados por um influente capitão monomaníaco! Num terceiro momento, Ahab parece medir forças com o segundo oficial do Pequod, o racional e prudente Starbuck. No entanto, no derradeiro andamento do texto, é já inevitável o confronto destruidor com a Baleia Branca, que terminará de forma caótica, com a morte do Capitão Ahab e de toda a tripulação do Pequod, à exceção de Ismael. Terminada a saga marítima fica esboçada uma nova viagem (il ricorso), em que Ismael, num gesto maneirista ao melhor jeito de Shakespeare, é recuperado como narrador.
A Baleia, indefinida, secreta, ilimitada, mistério e vertigem, acaba por constituir a analogia da própria obra literária de Melville – e, talvez, também do nosso próprio espetáculo. Ahab é descrito como uma personagem monomaníaca, figura satânica, guiada por um único objetivo, capaz de vergar tudo e todos pela paixão que lhe arde no peito, a sede de vingança, a vontade de destruir Moby-Dick. Ahab é um ser atuante, narcisista, por oposição a Ismael, face a Moby-Dick (objeto-texto-fantasma). Não pensa, apenas sente, tal como o próprio afirma no início do seu último dia de caça à Baleia. Enquanto Ahab persegue ébrio de paixão, o fantasma do seu próprio espírito, Ismael segue-o, distanciado, permitindo que este (o fantasma-baleia) se revele em toda a sua plenitude. Se para Ahab o mar é a onda que o transporta para o confronto com Moby-Dick, para Ismael o mar representa as ilimitadas ressonâncias/ cogitações de que a Baleia se faz eco. Ismael é um narrador consciente do seu papel e, ao contrário de Ahab, faz uma viagem não contemplativa ou fantasista ao encontro do absoluto (Moby-Dick), para logo o perder, porque nunca o atinge. Ahab, Ismael e até mesmo Starbuck não são homens sozinhos. Dependem das relações que estabelecem uns com os outros. O navio Pequod (outra personagem?), à semelhança do Bellipotent em «Billy Bud» ou o San Dominick em «Benito Cereno», acaba assim por funcionar como pequena «ilha» de homens perturbados, uma imagem microscópica do mundo como «navio [como palco] numa viagem sem regresso».
O espetáculo teve uma primeira versão apresentada a 19 de abril de 2013, no Museu de História Natural e da Ciência, Lisboa.
Espetáculo considerado um dos dez melhores espetáculos de teatro em Portugal no ano de 2013, João Carneiro no Semanário Expresso.

moby_dick_-_teatromosca_2013_-_in_english.pdf |
[FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA]
Texto Herman Melville | Direção artística Pedro Alves | Adaptação Tiago Patrício | Interpretação Pedro Mendes (ator) e Ruben Jacinto (músico) | Assistência de direção Mário Trigo | Cenografia Pedro Silva | Design gráfico Alex Gozblau | Direção técnica e desenho de luz Carlos Arroja | Vídeo Raul Talukder | Assessoria de imprensa Joaquim René | Produção teatromosca | Parcerias Chão de Oliva, Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Embaixada dos Estados Unidos da América, Teatro Meridional e Teatro Experimental de Cascais | Apoios Câmara Municipal de Sintra, 5àSEC, Quorum Ballet, Publimpressão, Actual Sintra, Junta de Freguesia de Agualva – Mira Sintra, Teatro Nacional D. Maria II e Câmara dos Ofícios | Agradecimentos Ruben Chama, Mestrinho e Valter Mergulhão
Espetáculo com a duração aproximada de 100 minutos (sem intervalo)
Para maiores de 12 anos
Espetáculo com a duração aproximada de 100 minutos (sem intervalo)
Para maiores de 12 anos
[SOBRE A TRILOGIA NORTE-AMERICANA]
Sabemos agora que um texto não é feito de uma linha de palavras, libertando um sentido único, de certo modo teológico (que seria a «mensagem» do Autor-Deus), mas um espaço de dimensões múltiplas, onde se casam e se contestam escritas variadas, nenhuma das quais é original: o texto é um tecido de citações, com origem nos inumeráveis centros da cultura.
«A Morte do Autor», Roland Barthes
Recusando a ideia que um texto (literatura ou não) contém sentido, tratando-se de uma criação em constante diálogo com os seus recetores, em permanente construção, podemos dizer que na criação artística existe um «vir-a-ser-sentido». Podemos então falar de significância, de uma espécie de «performance» de significado. Na introdução ao livro de Roland Barthes, «O Prazer do Texto» (Edições 70), Eduardo Prado Coelho fala da significância como sendo, «num primeiro momento, a recusa de uma significação única; é o que faz do texto, não um produto, mas uma produção; é o que mantém o texto num estatuto de enunciação, e rejeita que ele se converta num enunciado». Esta ideia de que os textos iniciam uma «performance» de significado mais do que formularem significado em si mesmos, e que a palavra nos transporta mentalmente para além da experiência musical, sonora, é a base essencial para a nossa abordagem a estes três romances norte-americanos.
Neste teatro narrativo em que nos interessa (continuar a) trabalhar, diferentes camadas de ficção vão sendo introduzidas e geridas pelo atores-narradores, assumindo, de certo modo, o papel de duplo-do-autor/ duplo-do-ator, num movimento constante entre a ficção interna da peça (onde a presença do narrador é motivada e justificada pela ação) e a destruição da ilusão (quando o narrador se dirige diretamente ao público). Depois da criação de «Moby-Dick», a partir do romance de Melville, e de «O Som e a Fúria», adaptado da obra homónima de William Faulkner, o teatromosca adaptará «Fahrenheit 451» de Ray Bradbury, procurando elaborar uma reflexão sobre a narrativa e o teatro, o documento e a memória, a ordem e o caos.
Os dois primeiros espectáculos da trilogia dedicada à literatura narrativa norte-americana acompanham a construção, ascensão de uma sociedade e a difusão de uma cultura marcante no mundo ocidental e não só. Inevitavelmente nestes dois espetáculos pressente-se uma eminente queda e o possível caos. Em último lugar deixa-se estender a reflexão ao questionamento das fundações da civilização ocidental, da cultura, da perpetuação da cultura pela literatura, e do conhecimento. Pretende-se com este projeto elaborar uma aturada reflexão sobre a fundação da nação americana, a sua supremacia cultural e económica preponderante no séc. XX e o consequente fracasso “recente” desta sociedade e do seu modelo, a partir de uma reflexão também sobre as suas práticas artísticas e como estas demonstram esta ascensão e (a anunciada) queda, tendo como ponto de partida para este trabalho a adaptação de alguns dos mais importantes textos narrativos norte-americanos, abordando temas como a História, a religião, a especificidade geográfica, a representação da mulher, a liberdade, a multiculturalidade, o tempo, o fracasso da linguagem e da narrativa, a ordem, o caos e a violência. Pretende-se estender essa reflexão ao questionamento da civilização ocidental e do seu estado atual, tomando como ponto de partida a mais influente literatura não-dramática produzida nos Estados Unidos da América.
Dossier da Trilogia Norte-Americana
ABOUT THE NORTH AMERICAN TRILOGY
Turning down the idea that every text has a meaning, in performative arts there is a dialogue with the readers-spectators, something that is made and can be ‘felt’. In this sense, the theatrical adaptation of Herman Melville’s novel was the first chapter in teatromosca’s new project: a trilogy based on the adaptation of novels to the stage. The aim is to explore the transforming power that voices/sounds can/may have in Theatre, offering multiple ways of representation and at the same time not limiting the spectator with a certain way to see/read the play/novel.
One of our guidelines for this theatrical trilogy based on three North American novels (Melville’s ‘Moby-Dick’; Faulkner’s ‘The Sound and the Fury’; and Ray Bradbury’s ‘Fahrenheit 451’) is Roland Barthes’ idea that the ‘birth of the reader must be ransomed by the death of the Author’. The written text opens itself up to new interpretations, to different readings. The goal is to elaborate a reflection on different concepts (“adaptation”, “appropriation”, “copy”, “citation”) about narrative and theatre, document and memory, order and chaos.
These three performances follow the construction/rise of a society and the dissemination of a culture, bringing as a consequence inevitable chaos. Themes such as history, religion, geography, representation of women, freedom, multiculturalism, time, language, narrative, violence, among others, are recurrent after working with such literary works. After several performances in Portugal, France and the USA, the project continues to be available for touring in Portugal and abroad.
«A Morte do Autor», Roland Barthes
Recusando a ideia que um texto (literatura ou não) contém sentido, tratando-se de uma criação em constante diálogo com os seus recetores, em permanente construção, podemos dizer que na criação artística existe um «vir-a-ser-sentido». Podemos então falar de significância, de uma espécie de «performance» de significado. Na introdução ao livro de Roland Barthes, «O Prazer do Texto» (Edições 70), Eduardo Prado Coelho fala da significância como sendo, «num primeiro momento, a recusa de uma significação única; é o que faz do texto, não um produto, mas uma produção; é o que mantém o texto num estatuto de enunciação, e rejeita que ele se converta num enunciado». Esta ideia de que os textos iniciam uma «performance» de significado mais do que formularem significado em si mesmos, e que a palavra nos transporta mentalmente para além da experiência musical, sonora, é a base essencial para a nossa abordagem a estes três romances norte-americanos.
Neste teatro narrativo em que nos interessa (continuar a) trabalhar, diferentes camadas de ficção vão sendo introduzidas e geridas pelo atores-narradores, assumindo, de certo modo, o papel de duplo-do-autor/ duplo-do-ator, num movimento constante entre a ficção interna da peça (onde a presença do narrador é motivada e justificada pela ação) e a destruição da ilusão (quando o narrador se dirige diretamente ao público). Depois da criação de «Moby-Dick», a partir do romance de Melville, e de «O Som e a Fúria», adaptado da obra homónima de William Faulkner, o teatromosca adaptará «Fahrenheit 451» de Ray Bradbury, procurando elaborar uma reflexão sobre a narrativa e o teatro, o documento e a memória, a ordem e o caos.
Os dois primeiros espectáculos da trilogia dedicada à literatura narrativa norte-americana acompanham a construção, ascensão de uma sociedade e a difusão de uma cultura marcante no mundo ocidental e não só. Inevitavelmente nestes dois espetáculos pressente-se uma eminente queda e o possível caos. Em último lugar deixa-se estender a reflexão ao questionamento das fundações da civilização ocidental, da cultura, da perpetuação da cultura pela literatura, e do conhecimento. Pretende-se com este projeto elaborar uma aturada reflexão sobre a fundação da nação americana, a sua supremacia cultural e económica preponderante no séc. XX e o consequente fracasso “recente” desta sociedade e do seu modelo, a partir de uma reflexão também sobre as suas práticas artísticas e como estas demonstram esta ascensão e (a anunciada) queda, tendo como ponto de partida para este trabalho a adaptação de alguns dos mais importantes textos narrativos norte-americanos, abordando temas como a História, a religião, a especificidade geográfica, a representação da mulher, a liberdade, a multiculturalidade, o tempo, o fracasso da linguagem e da narrativa, a ordem, o caos e a violência. Pretende-se estender essa reflexão ao questionamento da civilização ocidental e do seu estado atual, tomando como ponto de partida a mais influente literatura não-dramática produzida nos Estados Unidos da América.
Dossier da Trilogia Norte-Americana
ABOUT THE NORTH AMERICAN TRILOGY
Turning down the idea that every text has a meaning, in performative arts there is a dialogue with the readers-spectators, something that is made and can be ‘felt’. In this sense, the theatrical adaptation of Herman Melville’s novel was the first chapter in teatromosca’s new project: a trilogy based on the adaptation of novels to the stage. The aim is to explore the transforming power that voices/sounds can/may have in Theatre, offering multiple ways of representation and at the same time not limiting the spectator with a certain way to see/read the play/novel.
One of our guidelines for this theatrical trilogy based on three North American novels (Melville’s ‘Moby-Dick’; Faulkner’s ‘The Sound and the Fury’; and Ray Bradbury’s ‘Fahrenheit 451’) is Roland Barthes’ idea that the ‘birth of the reader must be ransomed by the death of the Author’. The written text opens itself up to new interpretations, to different readings. The goal is to elaborate a reflection on different concepts (“adaptation”, “appropriation”, “copy”, “citation”) about narrative and theatre, document and memory, order and chaos.
These three performances follow the construction/rise of a society and the dissemination of a culture, bringing as a consequence inevitable chaos. Themes such as history, religion, geography, representation of women, freedom, multiculturalism, time, language, narrative, violence, among others, are recurrent after working with such literary works. After several performances in Portugal, France and the USA, the project continues to be available for touring in Portugal and abroad.
[FOTOGRAFIAS]
[MEMORABILIA]

folha_de_sala_moby-dick_2014.pdf |
[DIGRESSÃO]
Teatro Mirita Casimiro (Cascais)
Teatro Meridional (Lisboa)
Theatro Circo (Braga)
Teatro Helena Sá e Costa (Porto)
Teatro Municipal Joaquim Benite (Almada)
Teatro Aveirense (Aveiro)
Teatro Garcia de Resende, Festival Internacional de Teatro do Alentejo (Évora)
Teatro Municipal Baltazar Dias/Festival AMO-TEatro (Funchal)
Festival de Teatro de Setúbal (Setúbal)
Teatro da Politécnica (Lisboa)
Auditório Municipal António Silva, MUSCARIUM#1 (Cacém)
Cine Teatro de Estarreja (Estarreja)
Access Theater (Nova Iorque, EUA), 3 outubro 2015
Museu da Baleia de New Bedford (EUA), 8 outubro 2015
Teatro Meridional (Lisboa)
Theatro Circo (Braga)
Teatro Helena Sá e Costa (Porto)
Teatro Municipal Joaquim Benite (Almada)
Teatro Aveirense (Aveiro)
Teatro Garcia de Resende, Festival Internacional de Teatro do Alentejo (Évora)
Teatro Municipal Baltazar Dias/Festival AMO-TEatro (Funchal)
Festival de Teatro de Setúbal (Setúbal)
Teatro da Politécnica (Lisboa)
Auditório Municipal António Silva, MUSCARIUM#1 (Cacém)
Cine Teatro de Estarreja (Estarreja)
Access Theater (Nova Iorque, EUA), 3 outubro 2015
Museu da Baleia de New Bedford (EUA), 8 outubro 2015