O DEUS DAS MOSCAS
adaptação do romance de William Golding
encenação de Pedro Alves
música original de Noiserv
Espetáculo criado para a QUINTA DA RIBAFRIA
5 JULHO A 31 AGOSTO 2019
adaptação do romance de William Golding
encenação de Pedro Alves
música original de Noiserv
Espetáculo criado para a QUINTA DA RIBAFRIA
5 JULHO A 31 AGOSTO 2019
Há um avião que se despenha numa ilha paradisíaca. Há um grupo de rapazes de colégios britânicos que sobrevive a esse acidente, quando fugia de uma (qualquer) guerra. Longe da supervisão dos adultos, começam por festejar, brincar, nadar nas águas cristalinas do ilhéu. O cenário do romance de William Golding fica esboçado logo no parágrafo inaugural do texto. É nesse ambiente exótico, luxuriante e tropical, conscientemente selvagem e sufocante, que o grupo procurará criar bases para a edificação de uma nova sociedade. Ralph será eleito o chefe, numa votação que o opõe a Jack, o líder do coro que se transformará num bando de caçadores, guerreiros, mais tarde, um exército. Começam por concordar em fazer uma fogueira no topo da montanha, com o objetivo de chamar a atenção de algum navio que possa passar perto da ilha. Mas, à medida que os dias vão passando, sem sinais do mundo exterior, sem salvamento à vista, percebe-se que Ralph e Jack têm prioridades diferentes. O primeiro preocupa-se em erguer abrigos e manter a fogueira acesa, com o auxílio dos óculos de Piggy, enquanto Jack insiste em percorrer a ilha à caça de porcos.
No espaço idílico de uma ilha deserta - que, à partida, estaria apto à construção de uma clássica utopia –, à medida que o frágil sentido de ordem começa a ruir, os jovens tornar-se-ão tribais e, depois de o corpo de um piloto cair de paraquedas na ilha, as suas inquietações ganharão contornos sinistros e bárbaros. O mundo paradisíaco das brincadeiras, dos livros de aventuras, acabará por dar lugar a um cenário assustador, a puerilidade dissolver-se-á na água do mar e os medos irão correr à solta, embrenhando-se na densa floresta tropical.
Publicado em 1954, “O Deus das Moscas” é um dos romances essenciais da literatura mundial e pode ser visto como uma alegoria, uma parábola, um tratado político ou até mesmo uma visão apocalíptica da fragilidade humana. Ao narrar a história deste grupo de rapazes (na versão original do texto) perdidos numa ilha deserta que, aos poucos, vai mergulhando em episódios cada vez mais violentos, o escritor britânico constrói uma história entusiasmante, ao mesmo tempo que desenha uma complexa reflexão sobre a natureza do mal e a ténue linha que poderá distinguir a civilização da barbárie.
O espetáculo esteve em cena entre 5 de julho e 31 de agosto de 2019.
[FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA]
Autor | William Golding Adaptação dramática | Nigel Williams Adaptação teatral e encenação | Pedro Alves Intérpretes | Cirila Bossuet, Margarida Coelho, Rita Rocha Silva, Carolina Figueiredo, Mafalda Mósca, Flávia Lopes, Mariana Fonseca, Madalena Monteiro e Margarida Cabrera (estagiárias), e um grupo de 7 jovens sintrenses Banda sonora original | Noiserv Cenografia | Pedro Silva Serralharia e apoio à cenografia | Joaquim Guerreiro Figurinos | Isadhora Müller Apoio aos figurinos | Bebel Coelho Costureira | Joana Rocha Fotografia | Catarina Lobo Vídeo | Ricardo Reis Assistência de vídeo | Madalena Carvalho (estagiária) Ilustração | Alex Gozblau Direção técnica e desenho de luz | Carlos Arroja Técnico de luz | Gonçalo Morais Técnico de som | Reinaldo Gonçalves Direção de produção | Inês Oliveira Assistência de encenação| Filipe Araújo Apoio logístico | David Mendes, António Bartolomeu e Miguel Moisés | Animadora sociocultural | Maria Toscano Agradecimentos | Engenheiro Fernando Silva (Empresa MELVAR), Fernando Cunha (Valdevinos Teatro de Marionetas), Mila Bernardes (Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria), João Horta (empresa J.J.H. Clima) Produção | teatromosca Promotor | Fundação Cultursintra FP
No espaço idílico de uma ilha deserta - que, à partida, estaria apto à construção de uma clássica utopia –, à medida que o frágil sentido de ordem começa a ruir, os jovens tornar-se-ão tribais e, depois de o corpo de um piloto cair de paraquedas na ilha, as suas inquietações ganharão contornos sinistros e bárbaros. O mundo paradisíaco das brincadeiras, dos livros de aventuras, acabará por dar lugar a um cenário assustador, a puerilidade dissolver-se-á na água do mar e os medos irão correr à solta, embrenhando-se na densa floresta tropical.
Publicado em 1954, “O Deus das Moscas” é um dos romances essenciais da literatura mundial e pode ser visto como uma alegoria, uma parábola, um tratado político ou até mesmo uma visão apocalíptica da fragilidade humana. Ao narrar a história deste grupo de rapazes (na versão original do texto) perdidos numa ilha deserta que, aos poucos, vai mergulhando em episódios cada vez mais violentos, o escritor britânico constrói uma história entusiasmante, ao mesmo tempo que desenha uma complexa reflexão sobre a natureza do mal e a ténue linha que poderá distinguir a civilização da barbárie.
O espetáculo esteve em cena entre 5 de julho e 31 de agosto de 2019.
[FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA]
Autor | William Golding Adaptação dramática | Nigel Williams Adaptação teatral e encenação | Pedro Alves Intérpretes | Cirila Bossuet, Margarida Coelho, Rita Rocha Silva, Carolina Figueiredo, Mafalda Mósca, Flávia Lopes, Mariana Fonseca, Madalena Monteiro e Margarida Cabrera (estagiárias), e um grupo de 7 jovens sintrenses Banda sonora original | Noiserv Cenografia | Pedro Silva Serralharia e apoio à cenografia | Joaquim Guerreiro Figurinos | Isadhora Müller Apoio aos figurinos | Bebel Coelho Costureira | Joana Rocha Fotografia | Catarina Lobo Vídeo | Ricardo Reis Assistência de vídeo | Madalena Carvalho (estagiária) Ilustração | Alex Gozblau Direção técnica e desenho de luz | Carlos Arroja Técnico de luz | Gonçalo Morais Técnico de som | Reinaldo Gonçalves Direção de produção | Inês Oliveira Assistência de encenação| Filipe Araújo Apoio logístico | David Mendes, António Bartolomeu e Miguel Moisés | Animadora sociocultural | Maria Toscano Agradecimentos | Engenheiro Fernando Silva (Empresa MELVAR), Fernando Cunha (Valdevinos Teatro de Marionetas), Mila Bernardes (Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria), João Horta (empresa J.J.H. Clima) Produção | teatromosca Promotor | Fundação Cultursintra FP